PARA QUE SERVE A PREGAÇÃO

>> sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Rick Warren


A pregação é a maior tarefa do pastor na igreja. O cuidado pastoral é importante. Os grupos pequenos são essenciais. Mas nada se compara à pregação. Se sua igreja fosse um navio, a pregação seria o leme – ela move a igreja. Não importa o tamanho do navio; ele precisa de um leme. Não importa o tamanho da igreja, ela precisa de um leme também.

Em busca de um equilíbrio na pregação, precisamos ter em mente os propósitos de Deus para o homem e o propósito de Deus para sua Palavra. Primeiro, tenhamos em vista o propósito de Deus para o homem. Paulo nos diz em Romanos 8:28-29 que Deus quer que nos pareçamos com Cristo:

E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos;

Esse é o propósito para cada pessoa no planeta. Não há um plano B. Foi esse o propósito para a criação da terra (Gênesis 1:26) Enquanto não compreendermos que o propósito de Deus para nós é nos fazer mais parecidos com Jesus, não estaremos prontos para pregar. O alvo de nossa pregação deve ser ajudar as pessoas a se tornarem mais parecidas com Jesus.

O que significa parecer mais com Jesus? Deus nos quer mais parecidos com ele em três modos:

1. Como pensamos (convicções).
2. Como sentimos (caráter).
3. Como agimos (conduta).

Como Deus cria essa semelhança com Cristo? Por meio da sua Palavra:

Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era. Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer. (Tiago 1:23-25)

Notemos que essa passagem diz que precisamos nos fixar na Palavra, sem esquecê-la, e então praticá-la. Esse é o grande problema de nossas igrejas. Nós nos fixamos na Palavra de Deus, e então a esquecemos e não a praticamos. Quando alcançamos essas três coisas, a bênção de Deus vem.

Infelizmente, muitos pastores usam um método que encoraja as pessoas a olharem para a Palavra de Deus, mas eles depois a esquecem e não a praticam. As pessoas estão sendo informadas, mas não transformadas. Esse é o problema número 1 de nossas igrejas.

George Gallup disse o seguinte: “Nunca antes na História, o Evangelho de Jesus Cristo fez tanto progresso, ao mesmo tempo em que fez tão pouca diferença no modo como as pessoas vivem”.

Ocorre que o problema não são as pessoas, mas a pregação. Para resolver o problema, precisamos de uma compreensão melhor do propósito da pregação.

Quando mencionamos o propósito para a Palavra de Deus, as pessoas inevitavelmente vão a 2 Timóteo 3:16-17:
Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.

Infelizmente, no entanto, as pessoas geralmente param no meio do caminho quando interpretam essa passagem. Quando perguntadas sobre o propósito da Palavra de Deus, simplesmente dizem que ela visa à doutrina, à condenação, à correção e à instrução na justiça. Mas não é só isso que o texto diz. Vamos mais adiante. Paulo nos diz que as Escrituras nos foram dadas para que o homem de Deus seja completo e bem equipado para toda boa obra. O propósito das Escrituras é mudar nosso caráter e nossa conduta. Se este é o propósito da Palavra de Deus, esse é o nosso objetivo quando pregamos a Palavra.

Como ajudar as pessoas a mudar seu caráter e conduta por meio da pregação? Uma palavra: aplicação. É aqui que a mudança de vida ocorre. Muitos pastores bem preparados aprenderam a centrar suas mensagens em torno da interpretação da Palavra. Seu método torna a interpretação um fim em si mesmo, deixando a aplicação para o Espírito Santo.

Lamentavelmente, o resultado da pregação sem aplicação é que nossas igrejas estão cheias pela metade e financeiramente limitadas. A moral está saindo pelo ralo. E os cristãos não são diferentes dos não-cristãos. Eles se divorciam na mesma taxa que seus amigos não-cristãos; cristãos solteiros estão dormindo uns com os outros.

Esse é o problema da pregação. Deus é claro no livro de Isaías quando diz que sua Palavra não volta vazia. Quando, contudo, olhamos para o que está acontecendo em nossas igrejas, parece que a sua Palavra está voltando vazia.

As pessoas dizem que precisamos tornar a Bíblia relevante. Conversa fiada. A Bíblia é relevante. O melhor caminho para ser relevante é ser eterna – e isso a Bíblia é. O que é irrelevante é a forma como a comunicamos.

Desenvolvemos a mais importante tarefa no planeta quando compartilhamos a Palavra de Deus com pessoas a cada semana. Gastemos tempo com isso. Nada influenciará mais nossa igreja que a pregação. Nosso objetivo não é outro senão mudar vidas. Comprometamo-nos em pregar de uma forma coerente com o propósito de Deus para o homem e com o propósito de Deus para sua Palavra.

É assim que as vidas mudam.



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Queimando Gasolina Limpa

>> quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Avalie os motivos e emoções que energizam a sua pregação


Scott Wenig

Bem intencionados ou não, os pastores estão em uma batalha diária e, às vezes, levamos essa batalha à nossa pregação. Frustrações podem sangrar em nossos sermões e influenciar nossa paixão negativamente. Pregamos com paixão, mas estamos queimando o combustível errado.
Lembro-me de pregar depois de ter sido profundamente machucado por alguém. Eu não estava processando meus sentimentos corretamente, e minha raiva vazou no sermão sem que eu percebesse. Pessoas até mesmo vieram mais tarde e perguntaram o que estava errado – elas conseguiam ouvir a raiva na minha voz.
Também podemos ter problemas quando usamos a congregação como um disfarce para pregarmos a nós mesmos. Lembro-me de episódio de um pastor que pregava veemente contra a pornografia, e mais tarde descobrimos que ele mesmo estava enroscado nela. Sua pregação resultou da sua motivação de querer resolver seus problemas pessoais.
E também me lembro de um tempo de cinco anos atrás quando estava exausto e tentei pregar um sermão motivacional, para reagrupar a tropa. Achava que estava tentando encorajar a igreja, mas eu estava realmente tentando encorajar a mim mesmo. Soei falso, pois simplesmente não tinha nada a oferecer.
Joe Stowell conta uma historia de mais um poluente. Enquanto estava em uma igreja em Michigan, decidiu que algumas pessoas na congregação precisavam de uns acertos e consertos e que ele usaria o púlpito para alcançá-las. Mas Deus invariavelmente protegeu aquelas pessoas de suas exortações – toda vez que ele estava preparado para descer o chicote nelas, elas não iam ao culto naquele domingo. Ele finalmente percebeu que o Senhor estava lhe mostrando a não repreendê-las severamente, mas a amá-las e lavar seus pés. Toda congregação tem seus membros irritantes, mas usar o púlpito para pregá-los é uma má motivação.
Existe uma atitude subjacente na história de Joe que é comum entre nós. Os pregadores podem ficar tentados a pensar que as pessoas aí fora não se importam com Cristo, a igreja, o ministério ou o reino e seu progresso – elas vêm só para ficar sentadas. Esse tipo de pensamento cria a tentação de malhá-las. Vamos ao povo de Deus com a pressuposição de que não são o que deveria ser e, a menos que o alcancemos com a vara homilética, nunca serão.
Um colega meu, agora com mais de sessenta anos, disse que essa tinha sido a abordagem de seu primeiro pastorado logo depois que saiu do seminário. Todo domingo ele malhava a igreja do púlpito. Não era uma coisa movida pelo ódio; teologicamente, ele apenas sentia que o povo precisava ser motivado pela vara. Depois de seis ou sete anos, percebeu que a igreja não gostava dele e ele não gostava da igreja e ele teve que deixá-la. Ele agora olha para isso no seu passado e diz a seus estudantes: “Em tudo que fizerem, nunca ajam com essa atitude”.
A conseqüência de uma pregação dessas é que as pessoas não sentem que as amamos. Na maioria das áreas urbanas dos Estados Unidos, se as pessoas não gostam do tom da nossa igreja, se não sentem que alguém se preocupa com elas, vão a outro lugar. Obviamente isso machuca. Além disso, cria uma mentalidade de culpa. A culpa é um motivador medíocre para a vida cristã e não inspira mudança transformadora verdadeira. Normalmente, você se sente mal por quinze minutos, mas então para no McDonald’s e vai para um jogo de futebol, e a culpa se dissipa rapidamente.
Talvez o resultado mais perigoso de queimar gasolina ruim é que isso cria apatia. William Barclay disse que não existe nada mais perigoso do que a experiência repetida da emoção sem a tentativa de colocá-la em prática. Toda vez que alguém sentem um impulso nobre sem agir, torna-se menos e menos apto para fazer qualquer coisa. Descarregar emoção na congregação é pernicioso se o seu propósito não é de encorajá-los a fazer algo construtivo com essa energia. A menos que você dê às pessoas algo para fazer, você involuntariamente cria apatia.
Onde conseguimos o combustível certo para a paixão de nossa pregação? Um combustível limpo para a pregação apaixonada é o desejo de ver o Reino de Deus progredindo. Haddon Robinson chama isso de “pregando o ideal em vez do padrão”. Levantamos a barra e desafiamos as pessoas ao mais elevado ideal – até que queriam fazer parte disso, até que queiram fazer sua vida ter valor.
Várias ilustrações bíblicas mostram fontes de pregação apaixonada. No final de Lucas 11, Jesus interage com um grupo de fariseus, e quase dá pra sentir a fúria transbordando da página. Os fariseus estavam machucando e enganando outros, e Jesus ataca sua visão falsa da religião. Onde Deus vê falsa religião ou espiritualidade inautêntica, ele se torna intenso em relação a isso, e nós também devemos fazer o mesmo.
Nos primeiros dois capítulos de Gálatas, Paulo também se torna muito intenso acerca de doutrina. O que pensamos sobre Deus e como Ele interage conosco importa muito. Importava tanto pra Paulo que ele estava querendo ficar em pé sobre sua caixa de sabão e gritar. É como o pai que vê seu filho fazendo algo que o machucará.
O historiador Paul Johnson escreveu: “Idéias te conseqüências”. Se vemos as pessoas se desviando bíblica, teológica ou moralmente como ovelhas para o abismo profundo, isso deveria incitar em nós um ardor divino.
Precisamos distinguir entre indignação correta e raiva impura em nosso coração. Quando eu estava pregando sobre aquela passagem de Jesus com os fariseus, falei com paixão enquanto pregava sobre religião autocentrada e auto-enganada. Mas eu usei meu próprio exemplo como ilustração. Citando casos em que eu fora autocentrado ou auto-enganado. Em vez de apontar o dedo e dizer: “Você é autocentrado”, compartilhei a partir da nossa condição humana comum.
Também me perguntei: “Estou crescendo em meu amor por Deus e pelos outros?”. Todas as igrejas têm problemas, confusões e fraquezas. Mas se estou crescendo no meu amor pela igreja e quero vê-la se tornar o que Deus pretende e, se tenho uma preocupação crescente com os pobres, oprimidos e negligenciados, minha paixão será pura porque é um reflexo da paixão no próprio coração de Deus.

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Planejando sua pregação

>> segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quando você chega em casa para o jantar pode perceber se a comida foi bem preparada ou se foi feita de improviso? Claro que sim. Como então, existem pregadores que creem que a sua platéia,  não percebe que suas mensagens são preparadas de improviso, que não dizem nada, que não tem uma sequência lógica e,que, dizem o óbvio? Nenhuma igreja crescerá verdadeiramente com uma dieta de dieta de microondas.
Pregadores resistem a preparar sua mensagens com antecedência e em séries de mensagens e costumam colocar a “culpa” no Espírito Santo. “ O Espírito vai falar...” Existe uma diferença e uma série de vantagens em você preparar suas mensagens com antecedência e ter um plano de pregação, seja anual, trimestral ou semestral... Isso não significa que você saberá 6 meses antes como será seu sermão, mas saberá sobre o quê e onde quer chegar com aquela pregação.
Na igreja que eu sou pastor, a Paróquia Anglicana Espírito Santo,(PAES) temos avançado nessa área e hoje já temos o quadro de mensagens e as séries que serão ministradas para todo o ano antes de chegar Janeiro. Naturalmente que isso é feito em oração e reflexão sobre o andamento da comunidade e o que entendemos o Senhor está desejando desenvolver no meio dela. Como somos uma igreja que trabalha no paradigma de igreja com propósitos, iniciamos o ano, sempre ministrando uma série de 5 mensagens sobre os 5 propósitos. De diferentes maneiras e com diferentes abordagens fazemos isso ano após ano. As séries seguintes são ministradas como mencionei anteriormente.
Coloco abaixo o que entendo ser algumas das vantagens e alguns dos desafios para os pregadores tomarem essa iniciativa.
EIS AQUI ALGUMAS VANTAGENS:
1. Antecipação para pesquisa. Isso dá tempo para recolher material de pesquisa e consulta. Para pensar as mensagens e trazer algo relevante para a comunidade
2. Evita o drama da maioria dos pastores que descem de seus pulpitos no domingo a noite. “ O que falarei na semana que vem?
3. Dá a congregação um senso claro do ensino que esta sendo ministrado, e traz maior compreensão do todo de uma tema a ser ministrado em uma série.
4. Dá ao pregador a possibilidade de ser objetivo em pontos chaves e não cair na tentação de dizer tudo de uma só vez
5. Alinha o pregador com o ser de Deus que tem, teve e terá sempre um plano
6. Dá ao pregador equilíbrio sobre um tema. Quando se divide o tema em 4 ou 5 mensagens podemos ver o equilíbrio das considerações e maior lógica na explanação
7. Pode ajudar o pregador a ser relevante e competente. Você pode e deve levantar temas que estejam atualizados na sociedade, o drama das pessoas etc.
8. Pode ajudar o pregador a usar o calendário cristão apropriadamente
9. Ajuda o pregador a gerenciar melhor o seu tempo
10. Possibilita a divulgação dos temas com antecedência
EIS AQUI ALGUNS DESAFIOS
1. Desafia o pregador a usar melhor o seu tempo. Analise o tempo que o pregador usa durante a semana para tarefas que não são envolvidas coma pregação.
# Pastores que preparam o boletim semanalmente
# Pastores que tem uma lista de atendimentos que lhes rouba várias horas durante a semana
# Pastores que visitam os crentes durante a semana. Quando não há necessidade eles criam as visitas. (antigo paradigma pastoral, sem muito propósito, especialmente nas cidades )
# Pastores que trabalham todo tempo dando expediente na igreja, quando nem sempre lá é o lugar mais apropriado para criar, orar e desenvolver suas mensagens
2. Pregadores reativos e não proativos. Passam o tempo todo reagindo às necessidades e não se preocupam em antecipa-las
3. A ausência de hábito de planejar qualquer coisa relacionada ao ministério. Tendência a espiritualizar tudo
4. O risco de sair da direção de Deus e agir por conta própria
5. A falta de hábito de incluir nas mensagens fatos e recursos relevantes hoje na sociedade. Ex. Notícias, fotos, filmes, clips...
6. O tradicionalismo e a rigidez na prática da pregação convencional
7. Acrescente aqui, o que para você pregador é um desafio
Não precisamos dizer que o início de todo planejamento está vinculado a oração e discernimento. Pessoal e em grupo (corpo de pastores, líderes etc.). Na minha opinião pessoal, a pregação bíblica é dirigida com propósito e quando assim não é, não atende as necessidades da comunidade.

Aceite esse desafio, alie-se a Deus, planeje



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Parábola da Sementeira Homilética

>> quinta-feira, 18 de março de 2010

As idéias vão sendo semeadas. Algumas ricas e belas idéias caem na terra dura. à beira do caminho. São aquelas sem comentários, que chegam inesperadamente, parecendo virem do céu diretamente para o coração do pregador. Entretanto, não estando o mensageiro em condições de recebê-las, elas morrem no mesmo instante.
Outras idéias caem em lugar onde há pouca terra. Nascem logo, dando um aspecto promissor. O pregador, todavia, em seu comodismo, não lhe dá o tratamento adequado e, não sendo bem cuidadas, elas têm pouca duração.
Há, também, as idéias que caem entre espinhos que militam contra o seu crescimento. São elas as mil pressões que o pregador enfrenta na família, igreja, denominação e comunidade. Todas essas pressões clamam pela atenção do pregador, levando-o a dedicar cada vez menos tempo ao seu programa de estudos. Sufocadas, tais idéias se tornam infrutíferas.
Existem, entretanto, as idéias que caem em boa terra, recebendo da parte do pregador uma atenção especial. Elas são anotadas e estudadas com atenção; são avaliadas com carinho e arquivadas ordenadamente. Não há pressa em seu tratamento e o máximo de cuidado a elas será dispensado. São idéias preciosas que nas mãos do pregador consciente cumprem seu papel dando fruto: umas cem; outras sessenta; e outras trinta.
                                                                                                                                Charles Dickson

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8 Atestações sobre a Pregação

>> segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Assim, usando muitas comparações [...], Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender
Mc 4:33 (NTLH)
Algo claro no N T sobre a pregação de Jesus, é que ele sabia como se fazer entender. Sua linguagem era adequada à sua realidade. Sua sabedoria o levou a buscar sempre aplicações que pudessem ser úteis as necessidades das pessoas. Ele nunca se preocupou em impressionar, mas queria chegar mais próximo de sua audiência. Talvez por isso, sua pregação era repleta de aplicação.
A questão então pode ser : Porque não construímos sermões fartos de aplicações? Muitos pregadores resistem a isso e focam em uma mensagem informativa e até acadêmica, isso por si não é mal, mais é altamente prejucicial quando vem ausente de aplicações. Assim, nunca atingirá o objetivo de transformar. Apresento algumas possíveis respostas a essa pergunta, são atestações feitas a partir da observação da pregação evangélica de maneira geral.
1. Presume-se que as pessoas farão as conexao necessária. Lêdo engano, pouquíssimas pessoas podem fazer a ligação entre conteúdo e aplicação sem a ajuda do pregador.
2. Delega-se a tarefa ao Espírito Santo. Lembre-se que Deus fez uma parceria consoco e cada um deve fazer a sua parte.
3. Imagina-se que a aplicação pessoal, deixa as pessoas inconfortáveis. Pode acontecer, mas sem um certo desconforto pessoal ninguém dará um passo na direção de mudanças. O pulpito é um ambiente neutro, o Espírto incomodará na privacidade de seu coração e consciência.
4. Não se tem aplicado a verdade à própria vida. Isso é mito. Não há um justo nenhum sequer... Todos estamos em processo de crescimento e a pregação é dirigida inclusive ao pregador. Se você esperar viver tudo para pregar, somente pregará no céu.. e lá, esta atividade será dispensada. Que tal compartilhar onde você está crescendo?
5. A preparação deste tipo de mensagem é muito mais trabalhosa. É absolutamente verdade. Ninguém prepara uma mensagem assim um dia antes. Isso exige pesquisa, reflexão,estudo. Mas o que é que é bom e que não dá trabalho? Quem é que prosperá sem trabalho, qual é o ganho se não há sacrifício?
6. Teme-se a crítica. Esse é o problema do pregador inseguro. Ele sente a necessidade de agradar a todos, gosta de receber elogios. Se esse é o seu caso, tenha em mente isso: você sempre será criticado. É fácil pregar sermões escandalosos, estéricos, positivistas apenas, é fácil pregar ou pretender pregar erudição, citações e citações de livros que nunca se leu. Escutei uma vez algo assim “ Com o tempo as ilustrações do pregador deixam de vir dos livros e passam a vir de sua própria experiência”
7. Não se compreende a importância da aplicação e o poder de transformar vidas. Quando o pregador aplica a mensagem ele fala ao dia a dia das pessoas e sai das generalizações. Pregadores que usam muito a expressam “ as pessoas precisam ...” esse provavelmente não está aplicando nada
8. Nunca lhe foi ensinado. Esta é a resposta de muitos. Por isso talvez tantos não usam uma mensagem aplicada, relacionada ao dia a dia , coerente, contemporânea, e ao mesmo tempo bíblica. O sistema de pontos e aplicação final, é algo superado na comunicação moderna. Tente ter em cada ponto uma aplicação. Mesmo assim, se nunca lhe foi ensinado, esteja disposto a aprender.
Texto adapatado do livro "Como Preparar mensagens para Transformar vidas" Carlito PAES  ( Vida)

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Qual o Propósito da Pregação?

>> sábado, 30 de janeiro de 2010

Deixe-me relaxar um pouco com essas Estórias


Havia um pastor Anglicano que era muito preguiçoso e há muito tempo já havia desistido de preparar os seus sermões. Sua congregação era de pessoas de pouco cultura, Ele tinha o dom da oratória, de modo que era muito fácil para ele pregar sem qualquer preparação. Além de preguiçoso, ele também era muito piedoso, de modo que racionalizava sua preguiça como muitas vezes os piedosos fazem. Ele fez um voto muito solene: jamais voltaria a preparar os seus sermões, falaria de improviso e confiaria que o Espírito Santo lhe daria o que falar. Por alguns meses, tudo correu muito bem.
Certo dia, faltando 10 minutos para as 11 horas, na manhã de domingo, um pouco antes de o culto começar, quem entra pela porta da igreja? O bispo. Era uma visita de surpresa. Ele sentou-se num dos bancos. O pastor ficou imaginando o que deveria fazer. Não havia preparado o seu sermão. Pensou que podia enganar a congregação, mas sabia que não conseguiria enganar o visitante. Ele foi até ao bispo, cumprimentou-o e lhe disse: "Acho que devo explicar-lhe uma coisa. Alguns anos atrás eu fiz um voto de que nunca iria preparar os meus sermões, mas confiaria no Espírito Santo". "Está tudo bem", disse o bispo, compreendendo muito bem a situação. O culto começou, mas, no meio do sermão, o bispo levantou-se e saiu. Quando o culto terminou, o pastor foi para o Gabinete. Encontrou sobre a mesa um bilhete com a letra do bispo e nele estava escrito o seguinte: "Eu te absolvo do teu voto".


Agora quero contar-lhes outra história, desta vez, de um pastor presbiteriano arrogante. Este pastor morava ao lado da igreja. Ele costumava vangloriar-se de que todo tempo que precisava para se preparar era o tempo que gastava para ir de casa à igreja. Você pode imaginar o que os presbíteros fizeram. Mudaram a casa para 8 km de distância. Assim, ele tinha mais tempo para preparar os sermões.

A bem da verdade, estórias assim acontecem na história de nossas igrejas com certa frequência. O descaso com a preparação e o propósito da pregação parece ser algo comum. Muitos colocam a culpa no Espírito Santo, quando dizem “ O Espírito me disse para fazer isso...”
Certa vez, em um curso onde ministrava sobre evangelismo, alguém interferiu quando eu falava e defendia que todos os cultos podem ser evangelísticos e todos os cultos podem ser também de adoração e ainda, todos os cultos podem ser de crescimento... “ Mas pastor, no dia de meu culto de adoração e crescimento não há espaço para evangelização...” Essa mentalidade, que secciona os cultos atribuindo-lhes razão especial e específica, não me parece apropriadamente ajustada com a visão de Jesus Cristo e com as Escrituras sagradas de maneira geral. Entendo que em certas oportunidades existam algumas enfases, mas nada além disso
O maior de nossos desafios como pregadores é: sermos relevantes, oportunos, profundos,bem humorados, pessoais, bíblicos, contemporâneos, atuais e com linguagem coloquial e ainda , com unção, trasmitirmos o evangelho e seu apelo ao Ser Humano deste século, indo em busca de suas necessidades. Creio que aí se encontra parte de nossas dificuldades. Isso porque:

1. Boa parte dos pregadores não está interessado em mudar seu estilo e maneira de pregar
2. Boa parte dos pregadores acham que isso não faz diferença, desde que a Bíblia seja pregada
3. Boa parte dos pregadores faz um esforço enorme para, nos pulpitos, se transformarem naquilo que eles não são, falar o que não experimentam, omitir suas experiências, fazer um catarse de seus traumas e polêmicas pessoais. Esses impostam suas vozes e de fato , no pulpito são outras pessoas
4. Boa parte dos pregadores se dirige apenas aos crentes, usam uma linguagem "evangeliquêz", formal e em alguns casos parecem antigos radialistas. Quando não usam o coloquial, se afastam da audiência criando uma imagem diferente de quem de fato são".
Nessas postagens , vamos tentar colocar o que se entende como pregação com propósito, colher testemunhos e artigos, nacionais e internacionais. A idéia é colaborar na pregação do evangelho, mas , definitivamente, com propósitos.

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PREGAÇÃO QUE CONECTA

>> terça-feira, 26 de janeiro de 2010



Fui visitar a casa de uma mulher que frequenta a igreja que eu pastoreio. Quando eu entrei no apartamento, o marido dela estava adormecido em uma poltrona na sala de estar, O homem parecia uma “Concha magra”, e parecia também que sua substância tinha sido chupada fora pelo Wísky. A pele dele era amarela. Quando ele despertou e nós nos encontramos, sua voz era roca de tanto fumar, e parecia um contralto de coral. Os olhos dele pareciam mostrar ódio e isso fez meu sangue correr frio.
Este era o homem abusivo, exigente, com o qual aquela mulher, de nossa igreja tentava conviver dia após dia. Ela tinha me contado histórias terríveis sobre ele.
Eles se mantinham através de um salário desemprego e sua casa estava “escrita” pobreza por toda parte. No jardim tinha um pneu abandonado cheio de sujeira. O chão da cozinha se inclinava abruptamente, e as paredes sombrias precisavam de pintura. Na sala de estar, o tecido nos braços das cadeiras mostrava aquele aspecto de “super usado”, uma ou duas cadeiras estavam pensas devido a uma perna perdida, as almofadas estavam desgastadas e moles. Ratoeiras estavam em todos os lugares. Iluminando o ambiente tinha algumas lâmpadas de no máximo 40 watts cada.
Mas cada semana algo acontecia na vida desta mulher que a elevava a um vôo mais alto e mais luminoso. Ela viria para igreja e ouviria um sermão. Aquele sermão não era nada menos que uma dose condensada de dignidade que dava saúde e enobrecia seu espírito danificado. Eu percebia as lágrimas de gratidão todas as vezes que ela saía da igreja e voltava para sua casa.
Seja qual for nosso estado, a vida diária em um mundo caído é um passeio por uma realidade depreciada. As pessoas que assistem os cultos em nossas igrejas são bombardeadas diariamente por falsos valores e convicções que diminuem a criação de Deus, por desprezos pessoais e insultos, e pelas acusações de Satanás. As mentes deles são assaltadas através de imagens escabrosas na mídia e por coisas profanas que são censuráveis a Deus porque humilha a criação.
Eles estão sujeitos a pecados que arruínam a imagem de Deus dentro deles. Eles sofrem imagens do ego distorcidas que contradizem a verdade de Deus.
Depois de uma semana deste tipo, é um milagre que uma pessoa ainda possa entrar em uma igreja com uma sensação de melhora (e as faces de muitos confirmam isso).
Entretanto eles ouvem um sermão ungido e então, a ordem das coisas muda. Como pessoas eles sentem uma “puxada” superior vinda do céu. O sermão revela o caráter de Deus que infunde toda a vida com significância e majestade. O sermão conta quem somos nós na visão de Deus, que Ele nos criou à sua imagem divina, e nos destinou para glória. O sermão revela o pecado e anuncia que somos redimidos. O sermão honra a moralidade que eleva o ser humano. O sermão assume que as pessoas podem pensar e podem discernir sobre vida e o Livro da Vida. O sermão chama ao compromisso e trata as pessoas como agentes responsáveis cujas escolhas sempre importam. O sermão invoca Cristo Emanuel, Deus conosco, que consagra a vida humana o segundo Adão e que um dia vai ressuscitar os crentes na semelhança dEle. Um sermão é a mais intensa dose de dignidade que qualquer pessoa pode receber.
Se sentar para ouvir um sermão de qualidade é algo como ascender ao Monte da Transfiguração. Antes daquele momento, Jesus parecia, vestia e se cuidava como um ser humano comum, ordinário. Mas naquele monte da transfiguração Ele u como um homem comum. Mas no Monte de Transfiguração, a aparência dele mudou para exibir a natureza divina que estava plena nele. A glória de Deus radiou adiante, a face dele brilhava como o sol e as roupas dele se tornaram em um branco divino. As cortinas se abriram mostrando a realidade.
De certo modo, durante um sermão, nós somos transfigurados. Nossa verdadeira dignidade vinda de Deus brilha. Nada na vida trata um homem ou uma mulher de maneira que ele (a) assuma sua vida e cresça para melhor.
Não haveria um presente mais caro que eu pudesse ter dado àquela mulher que o melhor de mim e o melhor de Deus, em um sermão.
Um bom sermão é uma dose semanal e concentrada de dignidade

Craig Brian Larson

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Um Blog para os pregadores

As Igrejas brasileiras estão, a cada dia, se enchendo de pessoas em busca de uma mensagem que supra as suas necessidades e lhes dê esperança, apesar do dia a dia de suas vidas. Que lhes abasteça com essa esperança para a semana que se aproxima.
Lanço esse blog, para que seja um espaço aberto para cristãos, pregadores leigos ou ordenados, ministros e "sacerdotes"
Sua opinião é importante e poderá ser expressa , mas sempre dentro desse tema, qual o propósito da pregação bíblica? Se você tiver algum artigo que gostaria de ver publicado, simplesmente remeta-nos um e mail e entraremos em contato com você.
Em Cristo
Miguel Uchôa
Administrador do Blog

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