Qual o Propósito da Pregação?

>> sábado, 30 de janeiro de 2010

Deixe-me relaxar um pouco com essas Estórias


Havia um pastor Anglicano que era muito preguiçoso e há muito tempo já havia desistido de preparar os seus sermões. Sua congregação era de pessoas de pouco cultura, Ele tinha o dom da oratória, de modo que era muito fácil para ele pregar sem qualquer preparação. Além de preguiçoso, ele também era muito piedoso, de modo que racionalizava sua preguiça como muitas vezes os piedosos fazem. Ele fez um voto muito solene: jamais voltaria a preparar os seus sermões, falaria de improviso e confiaria que o Espírito Santo lhe daria o que falar. Por alguns meses, tudo correu muito bem.
Certo dia, faltando 10 minutos para as 11 horas, na manhã de domingo, um pouco antes de o culto começar, quem entra pela porta da igreja? O bispo. Era uma visita de surpresa. Ele sentou-se num dos bancos. O pastor ficou imaginando o que deveria fazer. Não havia preparado o seu sermão. Pensou que podia enganar a congregação, mas sabia que não conseguiria enganar o visitante. Ele foi até ao bispo, cumprimentou-o e lhe disse: "Acho que devo explicar-lhe uma coisa. Alguns anos atrás eu fiz um voto de que nunca iria preparar os meus sermões, mas confiaria no Espírito Santo". "Está tudo bem", disse o bispo, compreendendo muito bem a situação. O culto começou, mas, no meio do sermão, o bispo levantou-se e saiu. Quando o culto terminou, o pastor foi para o Gabinete. Encontrou sobre a mesa um bilhete com a letra do bispo e nele estava escrito o seguinte: "Eu te absolvo do teu voto".


Agora quero contar-lhes outra história, desta vez, de um pastor presbiteriano arrogante. Este pastor morava ao lado da igreja. Ele costumava vangloriar-se de que todo tempo que precisava para se preparar era o tempo que gastava para ir de casa à igreja. Você pode imaginar o que os presbíteros fizeram. Mudaram a casa para 8 km de distância. Assim, ele tinha mais tempo para preparar os sermões.

A bem da verdade, estórias assim acontecem na história de nossas igrejas com certa frequência. O descaso com a preparação e o propósito da pregação parece ser algo comum. Muitos colocam a culpa no Espírito Santo, quando dizem “ O Espírito me disse para fazer isso...”
Certa vez, em um curso onde ministrava sobre evangelismo, alguém interferiu quando eu falava e defendia que todos os cultos podem ser evangelísticos e todos os cultos podem ser também de adoração e ainda, todos os cultos podem ser de crescimento... “ Mas pastor, no dia de meu culto de adoração e crescimento não há espaço para evangelização...” Essa mentalidade, que secciona os cultos atribuindo-lhes razão especial e específica, não me parece apropriadamente ajustada com a visão de Jesus Cristo e com as Escrituras sagradas de maneira geral. Entendo que em certas oportunidades existam algumas enfases, mas nada além disso
O maior de nossos desafios como pregadores é: sermos relevantes, oportunos, profundos,bem humorados, pessoais, bíblicos, contemporâneos, atuais e com linguagem coloquial e ainda , com unção, trasmitirmos o evangelho e seu apelo ao Ser Humano deste século, indo em busca de suas necessidades. Creio que aí se encontra parte de nossas dificuldades. Isso porque:

1. Boa parte dos pregadores não está interessado em mudar seu estilo e maneira de pregar
2. Boa parte dos pregadores acham que isso não faz diferença, desde que a Bíblia seja pregada
3. Boa parte dos pregadores faz um esforço enorme para, nos pulpitos, se transformarem naquilo que eles não são, falar o que não experimentam, omitir suas experiências, fazer um catarse de seus traumas e polêmicas pessoais. Esses impostam suas vozes e de fato , no pulpito são outras pessoas
4. Boa parte dos pregadores se dirige apenas aos crentes, usam uma linguagem "evangeliquêz", formal e em alguns casos parecem antigos radialistas. Quando não usam o coloquial, se afastam da audiência criando uma imagem diferente de quem de fato são".
Nessas postagens , vamos tentar colocar o que se entende como pregação com propósito, colher testemunhos e artigos, nacionais e internacionais. A idéia é colaborar na pregação do evangelho, mas , definitivamente, com propósitos.

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